A JUSTIÇA DE TAMAR
Francisca Cirlene Cunha Oliveira Suzuki
Estudo exegético de Gênesis 38
A história de Tamar em Gênesis 38 é uma narrativa poética. Judá escolhe Tamar para esposa de Er, seu primogênito. Após a morte do marido, Tamar é dada como esposa a Onã, segundo filho de Judá. Novamente viúva, o sogro lhe nega o casamento com Selá, seu terceiro filho, e a manda de volta à casa do pai dela. Tamar, no entanto, insiste corajosamente em sua pertença à família de Judá. Um véu pode fazê-la parecer uma prostituta, no entanto, no “turning point” do enredo ouve-se da boca de Judá: ela “foi justa”, mais do que eu. A protagonista, Tamar, faz um convite ao ouvinte-leitor a identificar-se
com ela, ao invés de rejeitá-la. Todavia, para tomar essa decisão é urgente realizar uma releitura pormenorizada e exata de Gn 38. Eis a intenção dessa obra.
DEUS, UM HOMEM, UMA MULHER E UMA SERPENTE
Philippe Haddad
“A literalidade como ela se entende”
Os três primeiros capítulos do Gênesis constituem o mito
fundador dos hebreus, retomado pelo Cristianismo in extenso e na
reescritura pelo Islã na sua tradição corânica. Estes capítulos foram objeto de
numerosos comentários até os dias atuais, sobre as noções de criação, de
liberdade, de relações entre o homem e a mulher, de relações dos humanos com
Deus e com a natureza; fala-se também de falta e até mesmo de “pecado
original”.
Estes capítulos foram frequentemente ouvidos pelas exegeses
que acrescentaram ao longo dos séculos, as interpretações do Segundo Templo de
Jerusalém e depois dos padres da Igreja.
Neste nosso livro queremos voltar ao texto por ele mesmo,
sem o apoio dessas leituras, como uma volta ao original desses textos das
origens. Esta hermenêutica se denomina em hebraico de pchat, “leitura literal”.
Que diz o texto no seu sentido óbvio? Voltando ao hebraico, à sua sintaxe,
gramática e polifonia, àquilo que ele diz ou não, nós podemos descobrir uma
nova leitura que é, sem dúvidas, mais antiga pois mais original.
O CICLO DE LEITURAS DA TORAH NA SINAGOGA (I)
Pe. Fernando Gross
Um material de aprofundamento bíblico baseado na tradição escrita e oral dos judeus e das orientações da Igreja desde o Vaticano II aos dias atuais e o ensinamento dos últimos Papas, confirmando o caminho de estima mútua e amizade no diálogo com o judaísmo e o patrimônio comum presente no Pentateuco em todas as Sagradas Escrituras.
Este trabalho é uma introdução à leitura da Bíblia, aos comentários, às fontes diversas e à evolução da Tradição de Israel e de Jesus. Fornece ainda citações do Antigo e do Novo Testamentos, favorecendo a compreensão de uma Teologia da continuidade das Sagradas Escrituras, estimulando a consciência de herança espiritual comum a judeus e cristãos (Pe. Fernando Gross).
CONVIDADOS AO BANQUETE NUPCIAL: UMA LEITURA DE PARÁBOLAS NOS EVANGELHOS E NA TRADIÇÃO JUDAICA (II)
Pe. Donizete Luiz Ribeiro
Um material de aprofundamento bíblico baseado na tradição escrita e oral dos judeus e das orientações da Igreja desde o Vaticano II aos dias atuais e o ensinamento dos últimos Papas, confirmando o caminho de estima mútua e amizade no diálogo com o judaísmo e o patrimônio comum presente no Pentateuco em todas as Sagradas Escrituras.
Este trabalho é uma introdução à leitura da Bíblia, aos comentários, às fontes diversas e à evolução da Tradição de Israel e de Jesus. Fornece ainda citações do Antigo e do Novo Testamentos, favorecendo a compreensão de uma Teologia da continuidade das Sagradas Escrituras, estimulando a consciência de herança espiritual comum a judeus e cristãos (Pe. Fernando Gross).
JESUS FALA COM ISRAEL: UMA LEITURA JUDAICA DE PARÁBOLAS DE JESUS (III)
Rabino Philippe Haddad
Jesus fala com Israel é o resultado de encontros de estudos entre amigos judeus e cristãos em torno das parábolas de Jesus, em Nîmes, Saint-Germain-em Laye, Paris (Colégio dos Bernardinos) e sobretudo na diocese de Essonne há alguns anos graças ao Serviço Diocesano de Relações com o Judaísmo (SDRJ).
Nossa intenção escrevendo este livro foi de reencontrar as raízes judaicas deste discurso de Jesus (Yeshua) que, tendo uma grande originalidade, se inscreve na lógica farisaica. Esta interpretação, livre e cheia de paixão, cria a possibilidade de um diálogo autêntico entre judeus e cristãos, num face a face em que cada um encontrará naquilo que o outro traz o enriquecimento para melhor esclarecer sua própria fé.
JUBILEU DE OURO DO DIÁLOGO CATÓLICO-JUDAICO: PRIMEIROS FRUTOS E NOVOS DESAFIOS (IV)
RIBEIRO, Donizete; RAMOS, Marivan S. (orgs.) – 2ª edição
Cinquenta anos após a declaração da Igreja Nostra Aetate § 4 que ensina a mútua estima e o diálogo entre Católicos e Judeus, este livro avalia os primeiros frutos deste fecundo diálogo e apresenta novos desafios. Nele encontramos duas conferências inéditas, em português, do Cardeal Kurt Koch, atual Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e para as Relações Religiosas com o Judaísmo. Cardeal Kurt Koch fala de Nostra Aetate como bússola permanente do diálogo. Enfim, há também duas declarações de “nossos irmãos mais velhos” que avaliam a caminhada deste primeiro jubileu e dizem claramente o que esperam das relações entre Judeus e Católicos: fazer a vontade de nosso Pai dos céus numa parceria entre Judeus e Cristãos. Seguindo os passos de seus predecessores, o Papa Francisco confirma tudo isto dizendo: “de inimigos e estranhos nos tornamos amigos e irmãos. Espero que a proximidade, a compreensão mútua e o respeito entre as nossas duas comunidades continuem a crescer”.
PAI NOSSO: UMA LEITURA JUDAICA DA ORAÇÃO DE JESUS (V)
Rabino Philippe Haddad
O quinto livro da coleção judaísmo e cristianismo וניבא – Pai Nosso, apresenta a oração por excelência do cristianismo segundo os ensinamentos de Jesus à luz da tradição judaica. Desse modo, o autor se empenha na busca das relações que a oração do Pai Nosso estabelece com a liturgia sinagogal de Israel e sua ampla tradição oral. Pois, se por um lado, a oração que Rabi Yeshua nos ensinou mantém sua originalidade, por outro lado, é inegável o contexto em que marca as influências da cultura judaica na oração. Para ao término de sua obra poder enfim constatar que: “No final, o Pai Nosso não nos revelou todas as suas potencialidades, assim como as Parábolas, que ele veiculava uma profunda mensagem que a simplicidade do propósito podia ocultar”.
AS RELAÇÕES ENTRE JUDEUS E CRISTÃOS A PARTIR DO EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO (VI)
Pe. Manoel F. de Miranda Neto
As relações entre Judeus e Cristãos se encontram no interior dos Evangelhos e neste livro Pe. Manoel Miranda situa e analisa as diferentes razões de uma possível separação entre Judeus e Cristãos a partir do Evangelho de São João. Fazendo jus ao “patrimônio comum” recomendado por Nostra Aetate, Pe. Manoel Miranda analisa com nuances diversos textos neotestamentários e demonstra que contrariamente às aparências ou ideologias, a separação entre Judeus e Cristãos acontece de maneira gradativa, localizada e depois de muitas décadas de convivências e de encontros. Assim, entre Judeus e Cristãos, o encontro precede de muitos anos os desencontros. A partilha do “patrimônio comum” foi centenária e muito aquém e além das divisões e separações. Esta tese fundamental, defendida com brilho pelo Pe. Manoel, se encontra nos últimos anos confirmada pela grande corrente de pesquisa representada, entre outros, pelo pesquisador judeu Daniel Boyarin e ela mostra que Jesus não é anterior, mas interior ao judaísmo. De fato, faz-se necessário reconhecer que entre Judeus e Cristãos, o que nos une é bem maior e mais antigo do que nossas divergências sobretudo histórico-bíblicas. A afirmação capital de “patrimônio comum” é um tesouro escondido que precisa ainda ser revelado e lapidado para que juntos, Judeus e Cristãos, com suas legítimas diferenças, possam se engajar para o bem da humanidade, a parti r da Escuta do Sinai e de Sion.
INTRODUÇÃO À LEITURA JUDAICA DA ESCRITURA (VII)
Irmã Anne Avril; Fr. Pierre Lenhardt
Nesta obra os confrades da Congregação de Nossa Senhora de Sion (NDS) Anne Catherine Avril e Pierre Lenhardt, apresentam de maneira simples e objetiva de que modo a Escritura, Torá, era lida no contexto do judaísmo vetero e neotestamentário. Os irmãos e as irmãs de Sion buscam aproximar os ouvintes/leitores de que modo, a partir da sinagoga, Israel lia e interpretava seus Textos Sagrados. Dessa leitura/ atualização da Palavra Revelada surgiu o desejo de se encontrar com a vontade do Eterno, pois a Torá, oral e escrita, é um manancial de graças e bênçãos que desde tempos imemoriais os sábios de Israel buscavam incessantemente sua compreensão, a fim de fazer eco as palavras de seus antepassados no monte Sinai que atônitos ao ouvir tudo que Moisés recebera do Senhor proclamaram: “Tudo o que o Senhor disse, nós faremos e escutaremos – ” (Ex 24,7).
A UNIDADE DA TRINDADE: A ESCUTA DA TRADIÇÃO DE ISRAEL NA IGREJA (VIII)
Fr. Pierre Lenhardt
A obra do irmão Pierre Lenhardt, grande conhecedor das relações entre Judaismo e Cristianismo, sobre a UNIDADE DA TRINDADE convida seus leitores a perceber, tendo em mãos os textos, o enraizamento da Fé Trinitária na Tradição judaica, tanto bíblica como rabínica” (…). Devemos haurir destes textos a extrema riqueza de suas traduções e comentários. Seu autor conduz assim seu leitor em direção do “meio vital” (milieu vital) que funda esta Tradição: a oralidade e o questionamento mútuo que correm o risco de desaparecer em uma visão unilateralmente especulativa da Teologia Trinitária”. (Christoph Théobald, CJ, in Recherches de Science Religieuse, 2011/4, tome 99, pag. 617).
POR TRÁS DAS ESCRITURAS: UMA INTRODUÇÃO À EXEGESE JUDAICA E CRISTÃ (IX)
Prof. Marivan Soares Ramos
O propósito do livro é de introduzir o (a) estudante, bem como a todos aqueles (as) que se deixam enamorar pela Palavra de Deus, à ciência exegética, ou seja, a alguns métodos, da tradição rabínica e da tradição cristã, que nos ajudam a melhor interpretar e, assim, possibilitando o aprofundamento no conhecimento dos sentidos das Sagradas Escrituras. Portanto, o desejo é demonstrar de que maneira pode-se encontrar um maravilhoso e sempre florido “jardim” a nossa espera. Neste sentido, o objetivo ao interpretar um texto bíblico deve ser o de buscar sentidos para o mesmo e, sendo assim, chamar a atenção das pessoas que nos escutam para alguns pontos mais específicos em vista da interpretação e da atualização do texto.
JUDAÍSMO SIMPLESMENTE (X)
Irmã Dominique de La Maisonneuve
A proclamação do evangelista São João: “a Salvação vem dos Judeus” (Jo 4,22) durante inúmeros séculos não chamou a atenção da Igreja. Para os cristãos, a Salvação não vem de Jesus Cristo? Esta aparente contradição pode ser entendida e resolvida somente através de um melhor conhecimento do Judaísmo. Eis a finalidade deste livro. Descrevendo a história trágica das relações entre judeus e cristãos, a autora, Irmã Dominique de La Maisonneuve, apresenta a mais antiga religião monoteísta, sua referência à Torá, suas festas e seus ritos. O leitor descobre assim “o vínculo que, segundo o concílio Vaticano II, liga espiritualmente o povo do Novo Testamento è linhagem de Abraão”.
AS SAGRADAS ESCRITURAS EXPLICADAS ATRAVÉS DA GENIALIDADE DE RASHI (XI)
Fr. Elio Passeto
A obra colossal de Rashi é filha de seu tempo, como ela também é fruto da tradição de seu povo, sua obra fundamental, constituída pelos seus comentários das Escrituras e do Talmud, fizeram-no o comentador por excelência, a genialidade de Rashi consiste na sua capacidade de compreender a Escritura, bem como a tradição oral de Israel na sua profundidade, e de tornar a explicação dessa sabedoria acessível a todos.
Para Rashi a Palavra de Deus foi doada para ser entendida e experimentada. Contudo, a explicação não pode seguir um sistema de interpretação, mas deve seguir a dinâmica da Revelação, pois a Palavra não é prisioneira de um molde pré-estabelecido. O esforço de toda sua obra é o de tornar o texto e o ensinamento da Torah compreensíveis aos seus ouvintes e aos seus leitores.
À ESCUTA DE ISRAEL, NA IGREJA. TOMO I (XII)
Fr. Pierre Lenhardt
A escuta de Israel se impõe a todo cristão consciente do valor universal que tem a humanidade judaica de Jesus Cristo.
Este livro manifesta a continuidade do Antigo e Novo Testamentos, da aliança Una e Única, tornada Nova e Eterna em Jesus Cristo. Ele faz entender as múltiplas ressonâncias entre a interpretação judaica e a interpretação cristã das Escrituras, entre a oração judaica e a oração cristã. Seu autor inicia-nos à Tradição de Israel. Seu leitor permanece maravilhado pela “alegria da Torá”, alegria bem conhecida dos judeus, alegria comunicativa que o cristão faz a experiência quando ele compreende a unidade da Palavra oral e escrita de Deus – Tradição e Escritura – sua perfeição e sua coerência.
Pierre Lenhardt, de saudosa memória, familiariza-nos com as fontes judaicas difíceis e desconcertantes para quem as encontra do exterior. Ele nos faz compreender como a ressurreição é ensinada na Tradição judaica, como Deus busca a Terra de Israel e vai habitar o Templo de Jerusalém antes de manifestar seu abaixamento em Jesus Cristo.
A TRILOGIA SOCIAL: O ESTRANGEIRO, O ÓRFÃO E A VIÚVA NO DEUTERONÔMIO E SUA RECEPÇÃO NA MISHNÁ (XIII)
Pe. Antonio Carlos Frizzo
O mundo atual se fecha cada vez mais aos excluídos que gritam por vida e justiça. O Papa Francisco tornou-se uma voz que clama no deserto contra os muros e os preconceitos xenofóbicos que já começam a se institucionalizar como normais e até como legais. Recepcionar de novo a trilogia social do Deuteronômio é voltar ao coração da tradição bíblica que tem sua fonte na passagem da escravidão à liberdade. As religiões se aproximam dos poderes intolerantes que se espalham pelo planeta e veiculam suas “éticas” exclusivistas. Judeus e cristãos são descendentes éticos do arameu e dos escravos do Egito, são defensores dos tempos messiânicos da justiça e da paz, são promotores da igualdade inegociável. Enquanto houver estrangeiro, órfão e viúva espoliados, estaremos em dívida com Deus. Em termos secularizados, estaremos em dívida com as promessas modernas que estruturam as instituições sociais e políticas que ainda sobrevivem como base da vida comum.
À ESCUTA DE ISRAEL, NA IGREJA. TOMO II (XIV)
Fr. Pierre Lenhardt
A escuta de Israel se impõe a todo cristão consciente do valor universal que tem a humanidade judaica de Jesus Cristo.
Neste segundo tomo, Pierre Lenhardt, de saudosa memória, continua à escuta de Israel, na Igreja, no espírito do Concílio Vaticano II, demonstrando a continuidade do Antigo e Novo Testamentos, da Aliança Una e Única, tornada Nova e Eterna em Jesus Cristo. Ele se situa como um cristão cuja identidade se refere à identidade judaica. Além de dar exemplos nos três primeiros artigos do patrimônio comum, ele indica, nos outros quatro capítulos a novidade radical trazida por Jesus Cristo, a Torá encarnada.
Misericórdia e Sacrifícios; Tradição sobre presença de Deus (Shekhiná) e renovação (hiddush) da Única Aliança, assumida e renovada em Jesus Cristo.
Que a leitura deste grande livro nos coloque na via autêntica da escuta e do encontro: que ela suscite cada vez mais leitores/ouvintes da Palavra do Deus Vivo, oferecida à Israel a à Igreja.
UMA VIDA CRISTÃ À ESCUTA DE ISRAEL (XV)
Fr. Pierre Lenhardt
A escuta de Israel se impõe a todo cristão consciente do valor universal que tem a Escritura e a Tradição judaico-cristãs.
Nesse livro auto biográfico Pierre Lenhardt, de saudosa memória, continua, como cristão e religioso de Sion, à escuta de Israel, na Igreja, no espírito do Concílio Vaticano II, colocando por escrito o que lhe dita sua memória. De sua infância feliz no Marrocos à sua vida de estudante e de executivo em Paris, Pierre Lenhardt tece livremente comentários sobre suas leituras e encontros fraternos que vão marcar profundamente sua vida. De Sion à Jerusalém, ele vai construindo uma vida de “Talmud-Torá”: de estudo e ensino da Palavra de Deus, como Palavra de Vida que alimenta e fortifica sua vida cristã, na Congregação dos Religiosos de Sion.
Que a leitura deste livro nos coloque no autêntico caminho cristão da escuta e do encontro: que ela suscite cada vez mais pessoas apaixonadas pela Palavra do Deus Vivo presente em Israel e na Igreja.
O CICLO DAS FESTAS BÍBLICAS NA ESCRITURA E NA TRADIÇÃO JUDAICO-CRISTÃS (XVI)
Pe. Manoel Miranda; Prof. Marivan S. Ramos
“Ao longo deste livro, o leitor verá como cada festa era e continua sendo celebrada por Israel e na Igreja. O dom da Torá em Pentecostes, a confiança absoluta em Deus na festa de Sucot, a acolhida da criação contínua em Rosh Ha-Shaná, a necessidade de Perdão, oferecido e recebido, na festa de Kippur, a luz divina em Hanucá e a proteção da Vida amada e querida por Deus, em, Purim e Tisha be-ab; tudo isso conduzirá, com certeza, o leitor a mergulhar em cada um dos oito capítulos desse livro para degustar a beleza e a profundidade dos principais Encontros queridos por Deus e brilhantemente apresentados pelos autores, Pe. Manoel Miranda e Prof. Marivan Ramos”. (Prof. Dr. Pe. Donizete Ribeiro, NDS)
Fraternidade ou a Revolução do Perdão (XVII)
Rabino Philippe Haddad
A fraternidade é o terceiro pilar do tríptico republicano francês. A fraternidade é o horizonte messiânico dos profetas de Israel e uma utopia à ser construída pelos artesãos da Paz. Nesta reflexão meditativa sobre as narrações fundadoras da Torá e de alguns ensinamentos de Jesus, Rabino Philippe Haddad sublinha o caminho bíblico desde o fratricídio original (Caim e Abel) até os convites de Jesus para construir a fraternidade universal em Nome do Pai. Como a Torá e os Evangelhos propõem a resolução de conflitos de violência como modelo para nossa vida individual e comunitária?
Neste nosso tempo onde o fratricídio continua gerando lutos e sofrimentos, este pequeno livro nos convida a repensar nossa relação com os outros e com o mundo para que “teu irmão viva contigo” (Lv 25,36).
Que uma educação à fraternidade, a partir da Escritura, ajude a produzir frutos de perdão e de reconciliação entre as pessoas, as religiões e os moradores da casa comum.
Escritura e Tradição (XVIII)
Renée Bloch
Escritura e Tradição – Ensaios sobre o Midrash.
a) ‘Escritura e Tradição no Judaísmo: Ensaio sobre a origem do Midrash’ – importante
e esclarecedora pesquisa sobre o papel da Torá Escrita e da Tradição
oral, isto é, as releituras e interpretações da Escritura, que visam a
atualidade da própria Escritura;
b) ‘Ensaio Metodológico para o Estudo da Literatura Rabínica’ – como proceder
para uma abordagem fi dedigna da vastidão de comentários e interpretações
desta literatura;
c) ‘Alguns Aspectos da Figura de Moisés na Tradição Rabínica’ – Moisés, essa
figura central da Escritura e da Tradição, desenvolvida e expandida pelos Sábios
Rabinos ao longo dos tempos;
d) ‘Ezequiel 16. Exemplo perfeito do procedimento midráshico na Bíblia’ – importante
reflexão da Escritura sobre a Eleição de Israel, suas infidelidades e a
fidelidade de Deus.
Os artigos aqui oferecidos são ensaios sobre a releitura da Escritura com o enfoque
fundamental da Tradição Rabínica… eles constituem uma leitura sedutora
para toda a pessoa que busca entender e apreciar sua própria tradição, seja
judaica, seja cristã.
JESUS, O MESTRE ENTRE OS SÁBIOS
Marivan Soares Ramos; Marcio Matos
Jesus foi um judeu inserido em seu tempo, vivendo a realidade de
seu povo. Empenhou-se no conhecimento da Palavra de Deus (Torá) e debateu suas interpretações com os sábios de seu tempo principalmente com os fariseus. Apesar de certo antagonismo, próprio de sua cultura, não existi u inimizade entre eles, antes continuidade. Debater não deve ser entendido como sinônimo de rivalidades, inimizades, mas sim, o desejo de buscar o melhor senti do da Palavra de Deus.
Uma visão distorcida da realidade fez com que injustamente um grupo de pessoas dedicado ao estudo e a propagação da Palavra de Deus fosse mal-entendido , o que, infelizmente, contribuiu com séculos de práticas preconceituosas.
Afinal, quem é Jesus e quem são os sábios de Israel? Qual sua verdadeira relação com eles? Quem, de fato, foi responsável por sua morte? São os fariseus, por extensão os judeus, assassinos de Deus?
COMO JESUS LIA A TORÁ: SAIR DO MAL-ENTENDIDO ENTRE JESUS E OS FARISEUS
Philippe Haddad
Qual a relação entre Jesus e a Torá? Como ele a interpretava? Como a praticava?
Rabino Philippe Haddad procura entre as concordâncias pontes estabelecer elementos recorrentes nos Evangelhos onde exprime
a oposição visceral e verbal aos fariseus. Será que, com o espírito de diálogo que nos anima, judeus e cristãos, podemos ultrapassar estes
mal-entendidos, restituindo Jesus ao seu contexto histórico?
Para fazer isto, é preciso conhecer melhor estes fariseus, suas escolas e interpretações. Na esperança que este livro possa contribuir para resolver os mal-entendidos e tensões, a fim de reconciliar Jesus com a tradição de Israel e com o povo que a conduz e a vive na sua própria fé e fidelidade a Deus, Pai Nosso dos céus.