O HUMANISMO SAGRADO COMO CRÍTICA DA MODERNIDADE EM HESCHEL
Abstract
O presente artigo trata dos diversos aspectos do humanismo religioso elaborado pelo filósofo judeu Abraham Joshua Heschel (1907–1972), para quem a questão fundamental de nossa época é como pensar, sentir e viver de um modo que reflita o reconhecimento de que o ser humano é a imagem divina. Influenciado pela mensagem dos profetas bíblicos, Heschel deixou a reclusão da vida acadêmica, para se engajar nos movimentos sociais e nas questões políticas de seu tempo, tais como: os movimentos em prol dos direitos humanos, do diálogo inter-religioso, contra a miséria e o movimento pacifista contra a Guerra do Vietnã. O principal legado de sua obra é um humanismo religioso e libertário, base de sua crítica à barbárie subjacente ao processo histórico de desumanização pelo qual passa a civilização contemporânea. A verdadeira fonte de valor é o ser humano, não os fetiches de consumo cultuados pela civilização tecnológica. Segundo Heschel o Homem é a única entidade na natureza a quem o sagrado pode ser associado.
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