O SHABAT ENTÃO E AGORA: ALGUMAS REFLEXÕES

  • Saul Kirschbaum
Palavras-chave: Judaísmo, Bíblia Judaica, Festivais religiosos, Shabat

Resumo

O povo judeu recebeu a obrigação de santificar e observar o shabat por ocasião da grande epifania do Monte Sinai, o recebimento da Torá por Moisés, há cerca de quatro milênios. Desde então, o conceito do shabat bem como o cumprimento de seus preceitos vêm sofrendo transformações, de acordo com as condições sociais, econômicas e políticas às quais a nação foi submetida ao longo de sua história, bem como com as diferentes visões de mundo elaboradas por rabinos e filósofos representantes de diversas correntes de pensamento. O artigo busca estabelecer um panorama dessas evoluções, em tempos bíblicos, nos séculos pós-bíblicos da elaboração do Talmud, na Península Ibérica medieval, e na contemporaneidade, sempre segundo olhares racionalistas e místicos.

Biografia do Autor

Saul Kirschbaum

Doutor em Letras pela USP, Pós-doutor pela Unicamp, Pesquisador independente. Líder do Grupo de Pesquisa Relações entre judaísmo e cristianismo – desencontros e aproximações do CCDEJ.

Referências

ATTIAS, Jean-Christophe. The Jews and the Bible. Tradução do francês de Patrick Camiller. Stanford: Stanford University Press, 2015.
CHOURAQUI, André. La vie quotidienne des hommes de la Bible. Paris: Hachette, 1978.
ELIAV, YARON Z. “Secularism, Hellenism, and Rabbis in Antiquity” in GITELMAN, ZVI (org.). Religion of Ethnicity? Jewish identities in evolution. New Brunswick: New Jersey: London: Rutgers University Press, 2009, p. 7-23.
GIKATILLA, Joseph ben Abraham. Gates of light. Tradução para o inglês de Avi Weinstein. New York, HarperCollins Publishers, 1994.
GUINSBURG, Jacó. “Qohélet, o-que-sabe-que-não-sabe” in Haroldo de Campos, Qohélet = O-que-sabe: Eclesiastes: poema sapiencial. São Paulo: Perspectiva, 2004, p. 233- 243.
HALEVI, I. O Cuzari. Tradução de Paulo Rogério Rosenbaum. São Paulo: Sêfer, 2003.
HESCHEL, Abraham Joshua. O Schabat: seu significado para o homem moderno. Tradução Fany Kon e J. Guinburg. São Paulo: Perspectiva, 2019.
IDEL, Moshe. Cabala: novas perspectivas. Tradução de Margarida Goldsztajn. São Paulo: Perspectiva, 2000.
JOSEPHUS, Flavius. “The wars of the Jews” in The life and works of Flavius Josephus. Tradução para o inglês de William Whiston. Philadelpia: The John C. Winston Company, 1957, p. 604-857.
KIPPENBERG, Hans G. Religião e formação de classes da antiga Judéia: estudo sociorreligioso sobre a relação entre tradição e evolução social. Tradução de João Aníbal G. S. Ferreira. São Paulo: Paulinas, 1988.
MAIMÔNIDES. Os 613 Mandamentos. Tradução de Giuseppe Nahaïsse. São Paulo: Nova Stella, 1990.
SCLIAR, Wremyr. “O sistema jurídico na Bíblia Hebraica e seu legado para a humanidade” in Revista Devarim ano 15 num. 43, dezembro de 2020, p. 53-56.
Torá – A lei de Moisés. Tradução de Meir Matzliah Melamed. São Paulo: Sêfer, 2001.
Publicado
2021-12-22
Como Citar
Kirschbaum, S. (2021). O SHABAT ENTÃO E AGORA: ALGUMAS REFLEXÕES. CADERNOS DE SION, 2(2), 131-143. Recuperado de https://ccdej.org.br/cadernosdesion/index.php/CSION/article/view/33